quarta-feira, 23 de julho de 2014

Racionamento da água, energia e comida.

    Os alemães já passaram por duas Guerras Mundiais, muita fome e pobreza e conseguiram se reerguer bravamente. E se tem um assunto que eles dominam é em economizar tudo e não desperdiçar nada.
    A economia da água foi a que mais chamou atenção, aqui você paga mais caro pela água que desce para o esgoto do que a boa que vem das torneiras.  Normalmente em quase todas as casas por aqui tem máquina de lavar louça; como eu nunca tive no Brasil achei o máximo, e é uma forma de nós brasileiros estarmos economizando a água. Visto que o nosso estilo de lavar louças é bem diferente do alemão. Para lavar manualmente, eles colocam uma bacia dentro da pia com água e detergente e ensaboam a louça, na sequência a louça é colocada  pra escorrer, sem enxaguar e pronto! Imagina a situação que fica o pano de prato, depois de secar a louça cheia de espuma!  Eu nunca presenciei uma nojeira dessas, os brasileiros que estão aqui há mais tempo que sempre relatam para o meu desespero. Desta forma a máquina de lavar louças é bem mais eficiente e higiênica. E você ganha uma horinha a mais no seu dia.
    Os banhos aqui também são bem racionados, (isso explica muita coisa) as banheiras que existem aqui em quase todos os banheiros são para economizar água e não um luxo para encher de espuma e relaxar. Banheira cheia é hora dos filhos tomarem banho, depois a mãe e depois o pai, TODOS na mesma água. Como faz para enxaguar o cabelo? Não tenho a menor ideia! Isso quando é dia de banho com água, porque meu amigo gringo que é medico aqui fala que eles tomam banho de gato, passam um pano úmido nas partes intimas, pés e axilas e deu! Mas claro, também tem a parcela dos alemães que tomam banho com frequência como nós, sem generalizar.
    Como eu morro de medo de levar uma bronca do zelador, economizo o máximo possível dentro do que eu considero aceitável, os banhos diários nunca sairão da minha rotina, então TENTO (às vezes não consigo) ser rápida. Mas mesmo assim tenho certeza que gastamos mais água do que o resto do prédio junto.
    Da água para a comida; evitar o disperdício de comida não foi nada anormal pra mim. Minha mãe sempre levou isso muito à sério lá em casa (Brasil). E para os alemães que passaram a guerra inteira comendo batata três vezes ao dia, deve ser falta de educação mesmo sobrar comida no prato. Eles não gostam, olham de cara feia! 
    Economizar energia elétrica e aquecimento é bom e faz muito bem para o bolso, já que ambos são caríssimos por aqui. Você paga um valor fixo por mês e no final do ano se você gastou mais que a média, vai pagar de uma vez só a extravagância, se gastou menos da média vai receber o dinheiro de volta.  As casas dos alemães no inverno são bem mais frias do que a dos brasileiros, eles utilizam bem menos os aquecedores do que nós, (por já estarem acostumados ao frio talvez) eles costumam manter a temperatura em 15 graus enquanto na minha fica oscilando na casa dos 20 graus.
    Admito que poucos brasileiros tem o hábito de economizar, talvez porque ainda temos nossos recursos em abundância, mas do jeito que vai, não vai demorar muito para se tornarem escassos, e vamos ter que aprender com os alemães a economizar e eles certamente já estarão mais a frente.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Praga - República Tcheca

    A capital da Republica Tcheca, cidade do famoso escritor Franz Kafka é indiscutivelmente um dos roteiros mais lindos e românticos para fazer na Europa. A pérola do Oriente (como é conhecida) tem arquitetura gótica e barroca; é famosa pelas suas ruelas antigas e cheias de histórias, seu castelo, museus, lindas pontes e muita cultura; tudo na cidade parece que é feito para seduzir o turista. Eu queria ficar lá pra sempre.
    O legal de Praga é caminhar sem rumo, se aventurar durante o dia e a noite também, tomar um café ou uma cerveja no esplendoroso centro histórico (Staré Město) que está na lista de patrimônio mundial da UNESCO desde 1992.
    A cidade também teve seus contratempos; passou pela Segunda Guerra Mundial, onde os judeus foram massacrados e a cidade parcialmente bombardeada pelos americanos, foi libertada pelos soviéticos e passou por 40 anos de forte comunismo. Mais recentemente, em 2002 sofreu a maior enchente dos últimos cem anos, na cidade ainda é possível ver as marcas deixadas pelas águas que a inundaram. 




    É tanta coisa pra escrever de Praga que resolvi separar em tópicos pra ficar mais fácil:

  • Moeda local e câmbio: 
    A moeda usada em Praga é a Coroa Tcheca (CZK), é possível fazer a conversão da moeda já nos ATMs do aeroporto com cartão de crédito ou de débito (se for aqui da Europa), ou ainda em corretoras, ambas tinham uma cotação bem boa. Fora do aeroporto existem várias lojinhas de cambio nas ruas de Praga. È bom dar uma pesquisada porque as taxas são diferentes de uma loja para outra. Praga em geral, não é uma cidade cara, apesar dos valores assustarem de início pela quantidade de números o preço é bem barato comparado a outras cidades europeias. Quando eu fui, 1 euro equivalia a 25 coroas tchecas.

  • Idioma: 
    A língua oficial é o tcheco (complicadíssimo), mas não tivemos nenhum problema em usar o inglês (mas já escutei muitos relatos de pessoas que não tiveram a mesma sorte). O número de turistas brasileiros em Praga é bem alto, encontramos muitos circulando pelas ruas. Devido a essa demanda, não foi nada difícil de encontrar pessoas no comércio que falassem um pouco de português.


  • Restaurantes e comidas: 
    A comida tcheca leva muita carne, não consigo imaginar um vegetariano sobrevivendo lá mais que 3 dias. É muita carne de porco, presuntos de todos os tipos, carne bovina e frango. Tudo lindamente servido em pratos fartos e preço justo. 
Não deixe de experimentar o Trdelník, que é um doce bem tradicional a base de massa de pão. Se trata de uma massa enroladinha assada ao redor de um rolo, depois é servido com açúcar, chocolate, nozes, coco, etc. Existem várias barraquinhas vendendo Trdelník na rua.
    Ao chegar em algum restaurante faça rápido seu pedido, já tenha em mente o que gostaria de comer. Os garçons não gostam de voltar duas vezes para pegar o seu pedido. Na hora que você terminar de comer eles vão tirar o prato na mesma hora, e a conta vem com a mesma rapidez. Isso acontece em todos os lugares de Praga, é a folclórica grosseria dos garçons tchecos. Eu lembro que eu queria pedir a sobremesa, e não pude porque já tinha vindo à conta para pagar, me senti como sendo expulsa do restaurante. – sentimento de brasileiro - pra eles é normal. Quanto à gorjeta, não é obrigatória, você dá se quiser.
 
Maurício também quis registrar nosso almoço na rua




  • Cerveja:
     A cerveja nasceu na República Tcheca, e lá ela custa mais barato que água, portanto, experimentar pelo menos um copo da Pilsner Urquell é obrigatório.

    Acabei descobrindo que a americana Budweiser é originalmente tcheca, os americanos se inspiraram (ou copiaram) a cerveja boemia e começaram a fazer nos Estados Unidos e também a chamaram de Budweiser. Encrencas a parte, a tcheca é bem diferente da americana.



  • Transporte: 
    Praga é bem servida com bondes, ônibus e metrôs. Ainda assim, o melhor é conhecer a cidade á pé, para não perder nada, porque a cidade é pequena. Mas caso queira se deslocar para os bairros mais distantes, o custo do ticket não é caro.

Mas cuidado, os tickets de bonde são vendidos nas tabacarias e “vendinhas” pela cidade e não em máquinas dentro do bonde. Eu acostumada com a Alemanha entrei sem ticket, achando que poderia adquirir lá dentro, errei feio e tive muita sorte de não me deparar com um fiscal.
    Taxis são um problema em Praga, a grande maioria tenta tirar proveito dos turistas, nós agendamos horário com um taxista para voltarmos para o aeroporto e ele não veio, por pouco não perdemos o voo de volta pra Alemanha. Se mesmo assim você quiser arriscar, leve por escrito o endereço de onde está e para onde vai, a probabilidade de esquecer os nomes das ruas é gigante.



  • Hospedagem: 
    Praga é muito bem servida com hotéis, pensões e apartamentos particulares. Todos com um preço camarada e justo. Mas lembre-se: quanto mais perto do centro histórico você ficar menos vai gastar com deslocamento.

Três dias é o mínimo para conhecer a cidade, menos que isso é até um pecado.

  • Não deixe de visitar:  

1. Castelo de Praga: ali vive e trabalha o presidente da República Tcheca, segundo o Guiness Book é o maior castelo antigo do mundo, com 70 mil metros quadrados. Dentro do castelo está a catedral de São Vito que levou 600 anos para ser construída em estilo gótico, além de museus com coleções de tesouros e jóias da Coroa Boemia.

  
Chegamos bem na hora da troca da guarda, um espetáculo.
 


2. Ponte Carlos: é uma das atrações mais famosas de Praga, finalizada no início do século XV, era a ligação mais importante entre o castelo de Praga e a cidade velha. A ponte é decorada com 30 estátuas de santos venerados naquela época, em estilo gótico; construídas por volta de 1700, hoje todas as estátuas foram substituídas por réplicas. Você vai passar pela ponte diversas vezes, mas não deixe de apreciá-la a noite, que fica ainda mais romântica e charmosa com toda a sua iluminação.

 






3. Praça da cidade velha: Na lateral do antigo prédio da prefeitura, em uma torre gótica, está o relógio astronômico de Praga. É considerado o mais indecifrável do mundo; além das horas ele mostra a hora do pôr do sol, aurora, tempo sideral e mais algumas coisas envolvendo os signos do zodíaco. A cada hora cheia, se junta uma multidão de pessoas para assistir o espetáculo das badaladas. O relógio é tão espetacular que reza a lenda que o rei mandou cegar o seu autor para que ele jamais fizesse outro relógio igual. Nesta torre também tem um centro de informações ao turista, onde você vai encontrar mapas gratuitos da cidade.








 4. O Bairro judeu (Josefov): o antigo gueto judeu onde nasceu Franz Kafka foi totalmente demolido e reconstruído, mas ainda preserva algumas atrações históricas como o cemitério Starý Zidovský Hrbitov, com 12 mil lápides e sepulturas de até 12 camadas. Sinagogas como a Staronová que é a mais antiga da Europa, e o convento de Santa Inês Kláster Sv. Anezky, hoje uma galeria.





5. O portão de pólvora: do século XI é uma das construções mais famosas de Praga. A escada em seu interior com 186 degraus leva a uma das vistas mais bonitas da cidade.



6. Cidade Nova (Nové Mesto): fica nos arredores do centro histórico, com arquitetura mais recente, centros comerciais, restaurantes e hotéis de luxo.

Museu Nacional

Praça Venceslau


7. Feirinhas de rua: Os Tchecos vendem de tudo nessas feirinhas, lembrancinhas lindas, frutas cheirosas e gostosas, objetos de decoração, bebidas e muito mais.





8. Igrejas: Todas as igrejas de Praga são verdadeiras obras de arte, eu entrei em tantas que infelizmente não lembro do nome de todas.






9. Se ainda sobrar tempo, você pode gostar de conhecer o Muro Lennon, a colina Petrin, a casa dançante, o museu Franz Kafka e todos os outros que a cidade oferece.

Não existem adjetivos para descrever o quanto à cidade é fascinante, só indo e "vivendo" Praga para saber.



Sandrinha e eu apreciando o por do sol na beira do rio


- “Praga não deixa a gente ir embora, esta velha tem garras” Franz Kafka -


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Pré e pós-mudança no "Primeiro Mundo"

    Fazer mudança na Alemanha é a maior dor de cabeça, tudo muito burocrático, complicado e caro. Eu sei que no Brasil também não é tarefa fácil, mas pelo menos pra mim, aqui na batatolândia foi uma experiência  traumática. Tentei listar alguns dos gastos e fatores:

  •       É preciso avisar a imobiliária que você vai sair do apartamento ou da casa com 3 meses de antecedência, isso significa que você tem 3 meses para encontrar um novo apartamento ou...  pode até procurar antes pra não correr o risco de ficar sem ter onde morar, mas vai ficar pagando dois aluguéis simultaneamente.  (Prejuízo 1).
  •      Quando fechar contrato com o novo apartamento é preciso pagar uma espécie de cheque calção (Kaution) que varia de acordo com o valor do aluguel, geralmente é 3 vezes o valor do aluguel mensal. O cheque calção que você pagou do imóvel antigo, a imobiliária tem até um ano para te devolver. Se tiver algum reparo para fazer no antigo imóvel é com esse dinheiro que eles vão arrumar. Ou seja, você precisa ter uma boa grana guardada para fazer a mudança. (Prejuízo 2).
  •    É preciso mandar cartinhas para as empresas de telefonia e internet, energia, aquecimento e tudo mais que tiver contrato. Para se cancelar qualquer coisa tem que avisar com 3 meses de antecedência, se você não mandar a cartinha até a data estipulada pela empresa, pode aumentar mais um mês de pagamento  aí nos seus cálculos. E acabamos ainda descobrindo que os contratos aqui se renovam sozinhos todo ano para mais um ano, ou seja, nosso contrato do telefone se renovou em abril, por conta disso não conseguimos cancelar o telefone, (nem avisando com os 3 meses de antecedência) vamos ter que pagar até abril do ano que vem. No nosso caso conseguimos transferir o telefone para Unna. Mas se a empresa não atua na nova cidade vai ter que pagar por um ano a conta de telefone sem usufruir dos serviços. Absurdo! Eu sei, aconteceu com um casal de amigos nosso. (Prejuízo 3)
  •     Para transferir o telefone e a internet demora uma eternidade, no antigo apartamento demoraram mais de 3 meses para religar, chegaram até colocar uma cartinha na entrada do prédio avisando que tocaram a campainha e não tinha ninguém em casa, e eu sem ir pra aula, em casa esperando por eles. Conversamos com outras pessoas e eles falaram que é normal as empresas de telefonia fazerem isso. Detalhe, o valor da conta vai sendo descontado normalmente da sua conta bancária como se você estivesse usando o serviço. (Prejuízo 4)
  •     A maioria das imobiliárias cobram um tal de “Provision” que nada mais é que uma comissão bem carinha para o corretor que te atendeu. Esse valor geralmente varia de 1.000,00 á 2.000,00 euros. Nós claro, não escapamos dessa taxa.  (Prejuízo 5)
  •       Os móveis quando são desmontados e remontados novamente estragam até em países de primeiro mundo, isso não é uma peculiaridade só do Brasil. E o seu sofá que fica perfeito no seu antigo apartamento pode não entrar na sala da nova casa. Tivemos que abrir mão de alguns móveis e comprar novos. (Prejuízo 6)
  •       O prejuízo mais agravante pra nós foi o transporte da mudança.  O valor é caríssimo e é uma loteria, você nunca vai saber se os móveis chegarão inteiros, em bom estado.  Nós tivemos o azar de contratar uma péssima empresa, chegaram com 4 horas de atraso, arranharam todos os móveis, a minha mesinha de centro da sala despencou do quarto andar e por 5 centímetros não caiu em cima de um carro que estava estacionado na rua, nem a calçada eles isolaram para proteger as pessoas que ali caminhavam. Depois de tudo carregado no caminhão, a empresa resolveu cobrar o dobro do valor combinado, porque segundo eles tinha muita caixa, isso que veio um funcionário da empresa olhar tudo o que tinha em casa antes pra fazer o orçamento.  Espero que esse azar tenha acontecido só conosco, porque é muita sacanagem para um simples transporte. (Prejuízo 7)
  •   Para você não correr o risco de extraviarem as suas correspondências caso não conseguiu alterar o novo endereço em todos os lugares que precisava, os “correios” Post aqui na Alemanha, oferecem um serviço bem interessante, todas as cartas endereçadas para seu antigo endereço são transferidas para o novo, claro que isso tem um custo, para seis meses pagamos algo em torno de 20 euros. No começo não funcionou direito, muitas cartas e contas para pagar foram entregues no endereço antigo. (Prejuízo 8)
  •     O novo apartamento se não estiver renovado, certamente vai precisar de reformas, e aqui na Alemanha, mão de obra custa um absurdo. Prepare o bolso ou coloque a mão na massa e gaste só com os materiais a serem comprados. (Prejuízo 9)







- Mudança na Alemanha só em últimos e necessários casos - 

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Procurando um novo apartamento em uma nova cidade

    Por motivos profissionais eu, marido e as plantinhas deixamos a nossa querida cidade Köln e partimos para uma pequena cidade ao lado de Dortmund, o “lugarejo” se chama UNNA! Tcharam!!! Aos poucos estou me acostumando e gostando da cidade, que apesar de pequena, é bem simpática. A parte boa é que junto com nós, veio mais um casal do Brasil morar aqui. Tenho uma nova amiga para trocar experiências, conversar e me ajudar! E não estamos sozinhos para assistir os jogos da Copa e fazer bagunça.
    A notícia da mudança já tinha sido entregue em dezembro do ano passado, para termos tempo de encontrar um novo lar com a nossa cara. E essa foi à tarefa mais difícil encontrada na Alemanha até hoje. Visitamos muitos apartamentos, eu passava horas procurando alguma coisa interessante na internet e nos classificados, para depois meu marido agendar as visitas. Tudo o que eu encontrava era imóveis antigos, caindo aos pedaços e com preços abusivos.  Os mais novos tinham preços tão fora da realidade que eu nem perdia tempo olhando.  Como uma cidade pequena pode ser mais cara que uma cidade grande e turística??  Estou até agora tentando descobrir.
    Passado o momento do choque e conformados com os valores, começamos a visitar os selecionados.  Apartamentos pequenos, com paredes tortas, janelas desuniformes (isso quando tinha janela), todos implorando por uma reforma. O penúltimo imóvel que entramos me fez surtar e querer voltar para o Brasil na mesma hora.  O apartamento INTEIRO era laranja, paredes, teto e até os aquecedores! A pessoa que pintou tudo de laranja usava drogas, só pode, ou a tinta estava na promoção de graça. Pra dar um “tchan” nesse laranja, nenhuma das janelas eram iguais, uma era branca, outra marrom, uma pequena, a outra grande e deitada! Calma que tem mais... os azulejos eram de flores e se descolando da parede, o vaso sanitário do lavabo ficava em um cômodo e a pia em outro no sentido oposto do corredor! Jesus, de onde vem tanto “bom gosto”?  Não consegui ficar lá dentro nem pra olhar direito. 
   Só nos restava visitar o último apartamento da lista, que segundo a corretora que nos acompanhava era um imóvel “diferente”. Esse termo “diferente” foi o suficiente para me deixar preocupada/assustada/irritada e com medo de entrar no apartamento. Mas pra nossa sorte, de todos os apartamentos visitados, esse era o “menos pior”! É um apartamento digamos estranho, mas é grande e tem uma sacadinha ou sei lá o que é aquilo. (Sacada = sol = felicidade total para brasileiros). Já imaginei um cantinho pra colocar minhas plantinhas, tomar sol e fazer churrasco nos domingos de verão. Fiquei tão emocionada que fingi que não vi todos os outros problemas do apartamento e as reformas que teriam que ser feitas. Meu marido também compartilhou do mesmo pensamento. Todos felizes, mais pobres e negócio fechado!
Unna