quarta-feira, 9 de julho de 2014

Procurando um novo apartamento em uma nova cidade

    Por motivos profissionais eu, marido e as plantinhas deixamos a nossa querida cidade Köln e partimos para uma pequena cidade ao lado de Dortmund, o “lugarejo” se chama UNNA! Tcharam!!! Aos poucos estou me acostumando e gostando da cidade, que apesar de pequena, é bem simpática. A parte boa é que junto com nós, veio mais um casal do Brasil morar aqui. Tenho uma nova amiga para trocar experiências, conversar e me ajudar! E não estamos sozinhos para assistir os jogos da Copa e fazer bagunça.
    A notícia da mudança já tinha sido entregue em dezembro do ano passado, para termos tempo de encontrar um novo lar com a nossa cara. E essa foi à tarefa mais difícil encontrada na Alemanha até hoje. Visitamos muitos apartamentos, eu passava horas procurando alguma coisa interessante na internet e nos classificados, para depois meu marido agendar as visitas. Tudo o que eu encontrava era imóveis antigos, caindo aos pedaços e com preços abusivos.  Os mais novos tinham preços tão fora da realidade que eu nem perdia tempo olhando.  Como uma cidade pequena pode ser mais cara que uma cidade grande e turística??  Estou até agora tentando descobrir.
    Passado o momento do choque e conformados com os valores, começamos a visitar os selecionados.  Apartamentos pequenos, com paredes tortas, janelas desuniformes (isso quando tinha janela), todos implorando por uma reforma. O penúltimo imóvel que entramos me fez surtar e querer voltar para o Brasil na mesma hora.  O apartamento INTEIRO era laranja, paredes, teto e até os aquecedores! A pessoa que pintou tudo de laranja usava drogas, só pode, ou a tinta estava na promoção de graça. Pra dar um “tchan” nesse laranja, nenhuma das janelas eram iguais, uma era branca, outra marrom, uma pequena, a outra grande e deitada! Calma que tem mais... os azulejos eram de flores e se descolando da parede, o vaso sanitário do lavabo ficava em um cômodo e a pia em outro no sentido oposto do corredor! Jesus, de onde vem tanto “bom gosto”?  Não consegui ficar lá dentro nem pra olhar direito. 
   Só nos restava visitar o último apartamento da lista, que segundo a corretora que nos acompanhava era um imóvel “diferente”. Esse termo “diferente” foi o suficiente para me deixar preocupada/assustada/irritada e com medo de entrar no apartamento. Mas pra nossa sorte, de todos os apartamentos visitados, esse era o “menos pior”! É um apartamento digamos estranho, mas é grande e tem uma sacadinha ou sei lá o que é aquilo. (Sacada = sol = felicidade total para brasileiros). Já imaginei um cantinho pra colocar minhas plantinhas, tomar sol e fazer churrasco nos domingos de verão. Fiquei tão emocionada que fingi que não vi todos os outros problemas do apartamento e as reformas que teriam que ser feitas. Meu marido também compartilhou do mesmo pensamento. Todos felizes, mais pobres e negócio fechado!
Unna

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