Começo dizendo que este agradável vilarejo quase não possui ruas, mas sim uma grande quantidade de canais que banham a cidade inteira. O principal meio de transporte em Giethoorn são pequenos barcos e lanchas de pequeno porte. O vilarejo é cercado por inúmeras pontes de madeira em formato de arco que ligam as residências até as passarelas de acesso para pedestres e bicicletas. Carros na parte mais antiga da cidade são proibidos, pois não existem ruas para circularem.
Pense em como isso influencia na maneira de viver dos moradores. No dia que eu estive lá vi uma família levando uma geladeira e alguns móveis novos para casa dentro de um barco. Fiquei imaginando como seria fazer uma mudança completa, e ainda, como deve ser trabalhoso levar as compras feitas no supermercado para casa, nada fácil, tenho certeza.
Pense em como isso influencia na maneira de viver dos moradores. No dia que eu estive lá vi uma família levando uma geladeira e alguns móveis novos para casa dentro de um barco. Fiquei imaginando como seria fazer uma mudança completa, e ainda, como deve ser trabalhoso levar as compras feitas no supermercado para casa, nada fácil, tenho certeza.
As casas eu tenho a impressão que saíram direto de um livro de conto de fadas, foram construídas em pequenas ilhas particulares e possuem telhado de palha. A beleza arquitetônica foi o que mais me chamou atenção, tudo é impecavelmente bem feito, as casas além de serem lindas, todas elas possuem enormes jardins bem cuidados.
E para completar esse cenário maravilhoso a cidade está situada no meio da reserva natural de Wieden e próximo ao parque Nacional de Weerriben que é conhecido por abrigar a maior área de formação de musgo do leste europeu que é a principal característica da paisagem de Giethoorn.
O vilarejo foi fundado por fugitivos e seu nome Giethoorn se originou da descoberta de centenas de chifres de cabras selvagens (Giethorens) que morreram durante uma inundação no passado. Inicialmente eles chamaram este lugar de Geytenhoren, mais tarde o nome foi substituído por Geythorn e hoje em dia se chama Giethoorn.
O turismo na cidade ficou internacionalmente conhecido após a comédia Fanfare de 1958 feita pelo famoso cineasta holandês Bert Haanstra. Hoje andar nas passarelas da cidade é uma verdadeira disputa por espaço com os outros turistas dependendo do dia e horário. Aproveitei para fazer as fotos de manhã, porque no período da tarde o vilarejo estava transbordando de turistas.
Os pequenos barcos, canoas, gondolas, botes... (chame como quiser) são uma outra atração do vilarejo. Eles são alugados para os turistas poderem fazer um tour completo pelos canais da cidade. Em vários pontos existem moradores alugando por hora. Estes barquinhos são impulsionados por silenciosos motores elétricos e andam todos com a mesma velocidade.
Agora a parte emocionante: Você mesmo leva o barco, não vai nenhum guia junto, (momento desespero) Nem eu, nem meu marido, nem nossos primos que estavam junto sabiam pilotar um barco, somos todos "piazada" (crianças) de prédio que mal andam de bicicleta. Daí fica aquela perguntinha no ar... E se o barco virar? Eu não sei nadar!
Medos superados (ou não) encaramos a aventura. O senhor que nos alugou o barco garantiu que não era preciso grandes habilidades técnicas para opera-lo. Resolvemos acreditar nele e seguir com o plano inicial.
Meu ponto de vista: Vale a pena alugar o barco? Sim! Vale! Enquanto passeamos pelos canais ao som dos passarinhos cantando, olhando as casinhas, jardins, pontes de madeira, e vendo os patos nadarem ao lado do nosso barco foi tudo espetacular, o mais lindo cenário já registrado pelos meus olhos e pela máquina faotográfica, não tive nem tempo de pensar em ter medo.
Mas depois de uma meia hora você vai parar em um lago gigante! Com um barquinho minúsculo e sem coletes salva vidas (some isso tudo ao fato de não saber nadar). Estava um vento gélido no dia que estávamos lá, e eu não sabia mais se tremia de frio ou de medo mesmo. Outro problema é se encontrar no mapa, são muitos canais ao redor do lago, ficamos na dúvida em saber qual era o caminho certo. Quando tentamos pedir ajuda para outros turistas descobrimos que todos eles estavam mais perdidos do que nós. Felizmente depois de duas horas voltamos a avistar as casinhas de telhado de palha eu "voltei a respirar" haha
Para aqueles que não querem se aventurar de barco, é possível passear pela cidade pelas passarelas, claro que a vista não é tão linda e você não faz o tour completo pelo vilarejo. Mas o passeio é bem válido. Digo isso porque depois eu fui passear a pé também.
Quase na hora de ir embora eu descobri que tem um barco maior que faz o passeio para turistas, chutando alto acho que para umas 30 pessoas de cada vez. Talvez esse passeio não seja tão longo mas certamente mais seguro para os "não nadantes" como eu.
Comida: Para repor as energias depois do passeio, Giethoorn conta com excelentes restaurantes e cafeterias que servem os mais famosos pratos regionais.
Estacionamentos: Nós fomos até Giethoorn de carro e andamos com ele até onde tinha estrada. Depois disso não foi difícil encontrar placas com estacionamentos particulares. E dali mesmo já alugamos o barquinho para fazer o passeio. O valor do aluguel é na média de 15 euros por hora e de estacionamento não pagamos nada, já que alugamos o barquinho.
Eu fui a Giethoorn no mês de maio porque queria ver flores (mas ainda não estavam bem floridas) e as árvores verdes. Acredito que no verão o passeio é ainda mais bonito, mas também mais cheio de turistas. No inverno eu li que o vilarejo recebe turistas para patinarem nos canais que congelam.
Se for andar de barco é aconselhável estar bem agasalhado porque venta muito, protetores do ouvidos também serão muito úteis.
É difícil acreditar que exista um lugar tão perfeito e calmo como esse. Hoje, se eu pudesse escolher um lugar para morar, ter filhos e viver o meu conto de fadas, o lugar seria Giethoorn.
Fontes:
http://giethoorntourism.com/
http://www.brasileirosnaholanda.com/holanda/cidade/giethoorn.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Giethoorn
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