Segunda vez na cidadezinha medieval mais simpática da
Itália, não sei se é porque eu já estou acostumada com a frieza dos alemães,
mas toda vez que saio pelas ruas de Saluzzo me surpreendo com a hospitalidade
de seus moradores. Todo mundo que passa por você na rua dá bom dia com um
sorriso largo; os funcionários do comércio te atendem bem e sempre bem
humorados, todos tentam ajudar de alguma forma mesmo sem você pedir. A cidade
não é turística, são raríssimas as pessoas com uma câmera na mão. Dessa vez
acho que só tinha eu desbravando as ruelas de pedras. Quando eu estava fazendo
fotos das montanhas que cercam a cidade, um senhor de uns 70 anos ou mais veio
pedir se poderia me ajudar. Tentei agradecer a preocupação dele da melhor forma
que encontrei, o pouco de italiano que sei aprendi com minha vó quando eu ainda
era uma criança. Quando falei isso a ele percebi a satisfação ainda maior que ele teve em
me ajudar. Explicou sobre as montanhas, sabia até a altura de cada
uma delas, falou sobre a cidade, as festas, a arquitetura. E para minha
surpresa, pediu que eu esperasse um pouco até falar com sua esposa, ele queria
perguntar se podia passar comigo por dentro da casa deles para ver de lá a montanha
mais alta da região.
Permissão concedida lá fui eu feliz da vida e encantada
com a dedicação do senhor que me acompanhava explicando cada detalhe da cidade
e da famosa montanha, que segundo ele tinha mais de 850 metros de altura. Antes de nos despedirmos, ele se certificou
se eu lembrava do caminho para retornar ao hotel, e ainda me aconselhou a
andar o máximo possível pelas poucas calçadas que existiam, para no final do
dia meus pés não doerem tanto. É
possível tanta “fofurisse” em uma pessoa só? Esse foi apenas um dos exemplos de como os
habitantes de Saluzzo são hospitaleiros. Acho que sei porque é considerada uma das
cidades italianas com maior qualidade de vida. Encantada : )
Essa é a montanha vista dos fundos da casa do simpático italiano
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